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quinta-feira, 12 de agosto de 2010
  Ano passado, Beatriz Reis, 12 anos, passou maus bocados quando algumas meninas começaram a persegui-la e a chamá-la de falsa. "Uma fez fofoca de mim para a outra. Ficavam me agredindo no banheiro, não tinha mais vontade de ir para a aula." A garota então decidiu falar. "Eu me senti tão pressionada que não sabia o que fazer. Fiquei com medo e decidi contar tudo para a coordenadora. Só assim a agressora parou."


  Assim como tantas outras crianças e adolescentes, Beatriz foi vítima de bullying. O termo em inglês (bully significa valentão), define um conjunto de comportamentos agressivos, repetitivos e intencionais, cometidos por uma ou mais pessoas contra outra sem motivo aparente. Em geral, o agressor é mais velho, mais forte ou mais popular. As brincadeirinhas ‘sem graça'' e os apelidos podem virar bullying a partir do momento em que quem é alvo disso fica chateado. As consequências podem ser desde angústia, depressão e isolamento, até doenças como anorexia, bulimia e, em alguns casos, vingança ou suicídio.
"Ninguém tem mais a liberdade de ser quem gostaria. Tudo é motivo para gozação, até uma cor de cabelo nova ou gosto musical diferente", afirma Flávia Caveagna, 13. A prima de Raphael Pereira, 17, teve anorexia e perdeu o ano na escola depois de ser zoada por causa do seu corpo. "Ela pode ficar traumatizada. Não foi apenas uma brincadeirinha de escola", conta o garoto. Segundo Pedro Braga, 15, em muitos casos, os agressores são aqueles que se dizem amigos. "Meu irmão mais novo parou de fazer aula de natação porque os colegas diziam que ele era gordo."

  PROBLEMA ANTIGO - O bullying sempre existiu, mas não tinha denominação específica. Somente a partir da década de 1970, na Suécia e Dinamarca, e na de 1980, na Noruega, o comportamento passou a ser estudado cientificamente.
Segundo a psicóloga Cleo Fante, autora das obras Bul- lying Escolar - Perguntas e Respostas e Fênomeno Bullying, os estudos mostram que os índices crescem no mundo todo. "Isso se justifica em razão de que muitas vítimas, quando não têm os ataques interrompidos, fazem o mesmo com outros. Também tem a questão do avanço da tecnologia, em que o bullying sai da escola e ganha o espaço virtual."

  Por que acontece tanto?

  "Quem faz isso é inseguro e quer se mostrar. O problema é que tem plateia, por isso, não para", afirma Guilherme Malavaze, 16. De acordo com especialistas, os agressores apresentam insegurança, impulsividade, irritabilidade, intolerância, insensibilidade, necessidade de chamar a atenção e ser popular, dificuldade de adaptação e de cumprir regras. "Isso pode ocorrer por vários motivos, como sofrer ou presenciar violência doméstica", explica a psicóloga Leila Tardivo.

  Já a vítima, em geral, apresenta timidez, passividade, dificuldade de se impor ou se defender, insegurança, sensibilidade, característica que a diferencia dos demais, baixa autoestima e ansiedade. Professores também sofrem ou praticam o bulliyng. Agressor ou vítima, não importa, os dois precisam de ajuda. "Se a pessoa não contar o que está acontecendo, não vai acabar. Precisa ter coragem e denunciar", fala Rebeca Fazzani, 15.

 Se nada for feito até a adolescência, as agressões podem provocar um trauma para a vida toda. "Os dois crescem adultos complicados. Quem sofreu bul- lying, inclusive, pode se tornar um agressor em potencial." O número de telefone 100 é serviço de denúncia nacional, anônima e gratuita.

  LEI E PREVENÇÃO - "Conversar sobre o assunto é um bom passo. A pessoa não pode sofrer sozinha", afirma Asaph Bispo, 17. De acordo com a psicóloga Cleo Fante, no Brasil ainda não há leis específicas contra o bullying, como ocorre na Noruega, Coréia, Sri Lanka, Finlândia e Estados Unidos. No Reino Unido, por exemplo, crianças podem ser responsabilizadas criminalmente a partir de 10 anos. As escolas são obrigadas a ter um plano contra isso, com normas claras.

  No Brasil, o bullying é considerado infração pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. No entanto, os pais dos agressores com menos de 18 anos é que são responsabilizados criminalmente. Os filhos são punidos com medidas socioeducativas, como advertência e prestação de serviços à comunidade.

  A escola também pode responder pelo crime se ficar provado que não tomou providências. No Distrito Federal, um colégio teve de pagar indenização à família que o acusou de não fazer nada para impedir o assédio contra o filho.

2 comentários:

Gabrielle_nt disse...

Quando era pequena eu sofria muito com bullying, porque eu era muito magra, sofria de desnutrição e tals, ainda sofro apesar de ser " seu mais cheinha" agora ainda me chamam de magrela do caralho, e talls, uma menina uma vez chegoua ir a diretoria por esse motivo de ficar provocando os outros, mas nem dou bola, pois quanto mais dar bola pior é,as vezes a paciencia esgota mais mesmo assim não deve dar bola

Achei muito legal o blog da 7ª 02 adoreei *-*

Anônimo disse...

assim da pra ver como os casos de bullying tyambém acontessem com pessoas proximas da gente *-*

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